quarta-feira, 9 de julho de 2008

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Gestão fraudulenta, corrupção, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, formação de quadrilha, suborno, tráfico de influência...
Investigação começou nos Estados Unidos
50 milhões sem cartas

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Está na hora de reinventar a polícia

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Um empresário heterodoxo
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O estrago morava ao lado
Relator da CPI do mensalão diz que muita coisa aparecerá
Advogado do banqueiro faz ataques contra PF e governo
Um amante do alto risco
EUA lembram participação de Maluf
De surpresa, acusados foram presos quando ainda dormiam
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Greve completa 9 dias e ganha adesão
Paulinho não convence o relator
Câmara: alto custo, baixo retorno
Em cinco meses, 22.416 moções e apenas 46 leis
MP vai pedir a impugnação de candidatos com ficha suja
Leis sem relevância e muitas faltas
Guarda Municipal desarmada

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No Japão, com a cabeça em Doha
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Ingrid manda recado às Farc

Ciência e Tecnologia
G8 reduzirá emissões pela metade
Limite da Amazônia é revisto
Bioma da região será medido em método mais preciso

Alvo de disputa entre representantes do agronegócio e ambientalistas, o limite da Floresta Amazônica passará por revisão nos próximos meses. Técnicos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) farão novos mapas dos biomas brasileiros numa escala 20 vezes mais precisa. O novo limite da floresta deverá ser anunciado no primeiro semestre de 2009, segundo previsão do Ministério do Meio Ambiente.

Pelos mapas atuais, o bioma Amazônia mede 4,2 milhões de quilômetros quadrados – ou 46% do território brasileiro. Dentro desse território, a legislação cobra dos proprietários de terras a manutenção de 80% da vegetação de floresta, bem acima dos 35% de reserva legal exigida para as áreas de cerrado nos limites da Amazônia Legal. Poucos cumprem a regra.

Desde 1º de julho, o Banco Central (BC) cortou o crédito aos produtores rurais do bioma Amazônia que não comprovem a regularidade ambiental de suas propriedades ou que não tenham sequer dado início ao processo de cadastramento das terras. A resolução do BC é um das principais peças da política de combate ao desmatamento. Os mapas também são importantes no processo de regularização fundiária.

Na fronteira dos biomas Amazônia e Cerrado, 93 municípios têm parte das propriedades em cada um dos biomas. Nesses municípios – a maioria no Mato Grosso – a expectativa pela revisão do limite da floresta é maior.

Roberto Vizentin, diretor de zoneamento territorial do Meio Ambiente, considera precipitado estimar se a floresta vai crescer ou diminuir na revisão dos mapas do IBGE. (Folhapress)
OPINIÃO
Desafios da humanidade
Marcelo Medeiros

A bomba atômica lançada sobre Hiroshima, em 1945, pôs fim à Segunda Guerra Mundial. Desde então, o uso da energia nuclear passou a figurar com destaque nas preocupações internacionais.

Atualmente, o programa nuclear do Irã está inquietando e desafiando o mundo. O Irã há muito tempo pretende ser uma potência bélica. Os israelenses calculam que em menos de dois anos eles fabricarão armas nucleares.

Por isso, não se descarta uma ação militar profilática contra o país. O presidente do Irã disse semana passada: "Israel vai logo desaparecer". O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, retrucou que o programa nuclear do Irã deve ser interrompido: "por todos os meios possíveis".

A respeitada revista The Economist afirma que: "Tendo em vista a sua história, os israelenses estão dispostos a correr qualquer risco para impedir que um governo que prega a destruição de seu país obtenha os meios de pôr em prática o seu desejo".

Oficiais do Departamento de Defesa americano declararam à TV BBC News, que acreditam que Israel bombardeie as instalações nucleares iranianas ainda este ano.

Um confronto atômico numa região onde três países fronteiriços: Israel, Paquistão e Irã, têm armas nucleares, certamente irá interferir no fornecimento do petróleo do Oriente Médio, com conseqüências desastrosas para a economia mundial.

Barack Obama considera o programa nuclear do Irã a maior ameaça ao mundo. No mês passado, o presidente Bush e os líderes da União Européia ameaçaram impor novas sanções, caso o Irã não comprove ter suspendido seu programa de enriquecimento de urânio.

Para Sarkozy, o Irã ter uma bomba nuclear "é inaceitável". O ministro francês das Relações Exteriores afirmou que a França tem de estar preparada para uma eventual guerra. "É preciso que os Estados-Maiores façam seus planos e digam aos iranianos que não aceitaremos a construção da bomba".

"Estados-Maiores" é o nome com que o chefe da diplomacia francesa identifica os países sabidamente nuclearizados: Estados Unidos, Rússia, China, Inglaterra, França, Índia, Paquistão e Israel.

O jornal inglês Sunday Telegraph, assegura que os EUA estão preparados para uma guerra contra o Irã. E já têm uma lista com 2 mil alvos para serem bombardeados.

O Irã é um país dirigido pelas paixões do fundamentalismo religioso. O presidente Mahmoud Ahmadinejad soma à sua ideologia totalitária um fervor místico na sua missão divina na terra. Ele se considera, conforme discursou na ONU, o último enviado do Senhor, o prometido, o ser humano puro e perfeito, o que trará justiça e paz a este mundo. São características que no controle de um arsenal nuclear, assustam a todos.

Os perigos de uma catástrofe nuclear e de um flagelo ecológico constituem os dois problemas fundamentais que hoje ameaçam o futuro da humanidade.

O aquecimento global é atualmente percebível por todos. Daí a vigência, em escala planetária, de uma consciência ecológica. Já o perigo das armas nucleares é real, mas não é perceptível na experiência cotidiana das pessoas.

Morreu recentemente o piloto que lançou a bomba sobre Hiroshima e viu com seus próprios olhos as conseqüências do desastre. Declarou envergonhar-se de ser americano.

Não se sabe o número preciso de mortos, varia de 46 mil a 282 mil.